Apaixonada pelo Rio de Janeiro, meu primeiro post não poderia ser outro! Desde criança, fico encantada com as fotos nas revistas e cenas aéreas exibidas na TV. E, desde então, sempre digo: eu amo esta cidade assim como amo a minha! E, sempre que posso, dou uma passada por lá para ver, com meus próprios olhos, que o Rio continua lindo! Mas enfim, vamos deixar esse papo de lado e ir ao que interessa.
Uma das minhas mais prazeirosas passagens por lá foi para correr a Meia Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro, que, diga-se de passagem, acredito que seja o percurso mais lindo que existe para uma corrida de rua!
Passamos pelas mais lindas e conhecidas praias da cidade, ou seja, um roteirão do Rio aos nossos pés! Para ter uma ideia, o trajeto começa no Pepê, na Barra da Tijuca. A praia tem esse nome em homenagem ao campeão mundial de asa delta, Pepê. Não sei se por esse motivo, ali é o point favorito de praticantes de esportes radicais, mas que, ao invés do céu, escolheram o mar: kitesurf, windsurf e todos os outros esportes aquáticos ou de areia. É também onde se encontra o quiosque do Pepê, que tem os melhores sanduíches naturais da região, sem contar com o açaí delicioso! Mas a Barra não se resume à praia do Pepê. Andando em direção ao Recreio, nos perdemos em meio a muita gente bonita, prédios altos, areia branca e um mar convidativo! Então, com este cenário, já começamos a prova bem, vendo o dia amanhecer de um lugar tão lindo, à beira mar, com todo mundo na mesma sintonia: saúde, conquista, superação!
Foi dada a largada e partimos sentido às praias da zona sul. Passamos pelo túnel do Joá e pelo elevado das Bandeiras (delííícia passar por ali correndo!) e chegamos à praia de São Conrado, onde nunca fui para pegar sol… somente havia pisado lá ao aterrissar do meu voo de asa delta (depois conto a experiência por aqui).
Saindo de lá, veio minha parte favorita da corrida: a avenida Niemeyer, aquela à beira-mar, que chega ao Leblon. A vista é maravilhosa e foi preciso me concentrar na corrida, porque a vontade que dá é de parar ali e ficar admirando o mar sem fim! E de um lugar onde passar a pé é, praticamente, impossível, pois o movimento de carros é grande e não há calçada em toda a avenida.
Mais um pouquinho de chão, chegamos ao Leblon. Corremos por toda a Delfim Moreira, cercada por prédios que ocupam o metro quadrado mais caro da cidade e pelo mar, e, seguindo, passamos por toda a extensão da Vieira Souto, em Ipanema – continuidade da badalação do Leblon, ou vice-versa!
E logo começo a me lembrar de como é bom caminhar pelas ruas desses bairros! Lojas, bares, restaurantes, gente bonita! Isso sem contar com o posto mais famoso do Rio de Janeiro: o ‘poxxxto 9’. Com uma vista maravilhosa, fica repleto de gente o dia inteiro, principalmente de gringos, que querem conhecer bem mais do que a combinação biscoito Globo + mate, patrimônio cultural do Rio de ‘Xaneiro’!
Depois, já com o cansaço começando a dar sinais de vida, caímos em Copacabana, princesinha do mar, que dispensa comentários, mas que, mesmo assim, vou comentar! Automaticamente, o ânimo volta com força total! Copa, copa… és a praia mais linda que tem. A orla me encanta sempre que vou lá. É como se todas fossem a primeira vez. Tanto é que precisei interromper a corrida minha e da minha irmã para registrar minha passagem por ali. Mas nada que atrapalhasse nosso desempenho!
No trajeto, quiosques, prédios típicos de Copa grudadinhos uns aos outros, calçadão com desenho de ondas e turistas, turistas e mais turistas. De longe, avistamos o Pão de Açúcar; por entre um prédio e outro, vemos o Cristo Redentor com seus braços sempre abertos.
E continuamos… Antes de chegarmos ao Leme, pegamos a avenida Princesa Isabel, passamos pelo túnel do Rio Sul e chegamos à praia de Botafogo, de onde se pode ver, agora de perto, os morros da Urca e do Pão de Açúcar, belo cartão postal dessa cidade, que é toda, por si só, um cartão postal gigante.
Nessa altura do campeonato, a força não está mais nas pernas e, sim, na mente. Já se passaram 19 quilômetros e cinco praias. Então, força na peruca. “Run, Angel, run. Você está prestes a realizar um sonho, na cidade dos seus sonhos”, dizia a mim mesma, imaginando, ao fundo, a música Chariots of Fire!
Mais dois quilômetros de chão e belo cenário e pronto… Cheguei ao aterro do Flamengo, final da Meia Maratona e do meu running tour. A chegada é incrível e, como se não bastasse correr 21 km, ainda demos uma voltinha pelo aterro, apreciando a bela vista e curtindo um pouquinho mais os deliciosos momentos na cidade maravilhosa!
Bom, se correr não é seu forte, não tem problema! Faça o trajeto um pouquinho a cada dia caminhando, ou vá de carro, de ônibus, de metrô, de táxi. O negócio é ir. O Rio sempre nos recebe de braços abertos!

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