A segunda cidade que sempre mais quis conhecer nos Estados Unidos, New York, (a primeira sempre foi San Francisco, na Califórnia, como já disse aqui), entrou para minha lista de realizações. Recentemente, aproveitei minhas férias de um mês e voltei à América do Norte para desbravar um pouquinho mais dessa super potência. E, como já estaria naquelas bandas lá de cima, também inclui no roteiro o Canadá, país que sempre me atraiu, devido à fama pela qualidade de vida e cultura locais.
Então, programei minha viagem, comprei minhas passagens (os trechos BH/NY e San Francisco/BH, comprei via agência de viagens, a Tia Eliane Turismo, com o querido amigo e agente Reizinho – porque, quando é bom e eu gosto, eu indico! As demais, comprei nos sites das cias aéreas, ao longo do período em que organizei meu roteiro), arrumei minhas malas e parti. A primeira parada da longa jornada foi justamente New York, ícone da sociedade de consumo e a cidade mais populosa dos Estados Unidos. Considerada a capital cultural do mundo, a cidade é dividida em cinco distritos: Manhattan, Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island, porém, quase todas as atrações e a concentração de turistas estão em Manhattan. Bom, não vou ficar aqui explicando o funcionamento da cidade, algo que as milhões de publicações na internet e em guias de viagens se encarregam de fazer. Vou contar como foi a minha primeira visita a New York.
Aterrissei no aeroporto JFK já sabendo o percurso que teria de percorrer até Manhattan. Como existe uma linha de metrô que parte bem de perto do aeroporto e vai direto para a ilha, optei por ela. Peguei o AirTrain, monotrilho que interliga os oito terminais do aeroporto, desci na estação Jamaica e, lá, comprei o MetroCard. Peguei o metro e, uns 30 minutos depois, desci na estação 42 Street, pertinho do meu hotel, que ficava na esquina da região denominada Times Square. Melhor localização, impossível. Eu sou dessas pessoas que gosta de andar e fazer o máximo de atividades a pé, para conhecer bem a cidade. Então, sempre escolho o hotel pela localização. E acertei em cheio. Já desci do metrô no meio da confusão, com pessoas indo e vindo, carros buzinando, engarrafamentos. Minha primeira reação foi olhar para cima para ver os altos prédios que me rondavam. Dobrei a esquina e já cheguei ao hotel, onde deixei minha bagagem, tomei um banho e rua.
Comecei minha viagem caminhando pela Times Square, a região onde se encontram duas das principais avenidas de Manhattan, a Broadway e a 7ª avenida, entre as ruas 42 e 47 oeste. Luzes, outdoors, músicas, lojas, restaurantes, idiomas irreconhecíveis, táxis amarelos, e pessoas, muitas pessoas. Me senti em um formigueiro. Uma poluição visual e sonora impressionante, mas que não deixa de nos fascinar no primeiro momento.
Fiquei parada lá no meio olhando ao meu redor e lembrando quantas vezes já havia visto aquele lugar na TV, principalmente, na noite de réveillon, com aquela bolona descendo e mudando o ano lá no alto do prédio. Agora ali estava eu. Caminhei, entrei em lojas e fiquei encantada com as áreas reservadas para pedestres na ‘praça’, com mesinhas e grandes vasos de flores.
De lá, peguei a 7ª avenida e fui caminhando por toda a sua extensão até chegar ao Central Park, o maior e mais importante parque da cidade. Mas, naquele dia, fiquei só ao redor do parque e deixei para explorá-lo com mais calma durante uma corridinha (porque corrida não tira férias, certo?). Dei uma volta na Columbus Circle, uma bela praça na junção das avenidas Broadway, 8ª avenida e Central Park South. Lá estão localizados belos prédios comerciais, assim como o Time Warner Center, um centro de compras com diversas lojas e supermercado de alimentos orgânicos, o famoso e atrativo Whole Foods. Claro que fui lá fazer umas comprinhas para meus lanches, pois, até então, eu estava super dedicada a manter minha alimentação balanceada durante a viagem, de acordo com as dicas da minha nutricionista postadas aqui.
Depois, voltei percorrendo a 7ª avenida pelo lado contrário ao que eu havia ido e, chegando à Times Square, já parei no Tkts, bilheteria que fica localizada em baixo de uma grande arquibancada, para escolher qual espetáculo eu iria assistir e já comprar meu ingresso. Vale destacar que os ingressos vendidos nessa bilheteria são mais baratos do que os vendidos nas bilheterias dos teatros, pois, a cada dia, lançam promoções. Vi que o musical do Rei Leão estava em cartaz, mas, como se trata do mais concorrido da Broadway atualmente, não havia descontos para ele. Mas não me importei. Desde Londres, sempre quis assistir e ficava enrolando. Então, essa era a hora. Dei sorte de encontrar lugar na plateia e garanti meu lugar para uma terça-feira, minha última noite em NY.
7ª avenida e a bilheteria Tkts
Peguei a rua 42 e fui caminhando até a belíssima Grand Central Terminal, a mais bela e importante estação ferroviária da cidade, na qual vale a pena entrar para conhecer o enorme hall.
Hall do Grand Central Terminal
Alguns passos dali, cheguei ao também belíssimo Chrysler Building, na Lexington Avenue. Considerado um dos mais bonitos prédios do mundo, é um exemplo de Art Decó e conta com uma coroa de aço inoxidável, que brilha no céu de Manhattan. Uma curiosidade é que foi de lá que transmitiram as primeiras imagens coloridas de televisão, em 1940. Vale a pena conhecer o lobby do edifício, onde executivos entram e saem o tempo todo apressadamente. Como adoro ver as cidades iluminadas e, principalmente, os pontos turísticos, esperei a noite cair (o que no verão acontece por volta das 21h), para ver a coroa do prédio com suas luzes acesas.
No dia seguinte, uma chuvinha pela manhã me levou até o Museum of Modern Art (MoMA), onde vi de perto o quadro The Starry Night, de Van Gogh. Uma multidão fica ao redor tirando fotos. Além dele, uma infinidade de instalações e obras de Picasso, Miró, Henri Matisse, Cézanne e outros. Vale a pena reservar umas 4 horas para percorrer todo o museu e admirá-lo por completo.
Saindo de lá, a dica é seguir para o Rockfeller Center, a torre empresarial que concentra escritórios, a sede da emissora de TV NBC e um shopping center no subsolo.
Praça em frente ao Rockfeller Center
Na frente do prédio, não deixe de ver a estátua de Atlas segurando uma bola que representa o mundo e uma bela praça, cercada por bandeiras de diversos países.
Durante o inverno, a praça dá espaço a uma concorrida pista de patinação no gelo, que já foi locação para diversos filmes. Aproveitei que estava ali e resolvi ir ao Top of the Rock, deck de observação do prédio, de onde se tem, na minha opinião, a mais bela vista de Manhattan. De um lado, a parte norte, com o Central Park chamando nossa atenção. Para o sul, o Empire State domina a cena, cercado pelos rios Hudson e East. Passei um bom tempo lá, com NY aos meus pés.
Ao sair, não deixe de visitar a principal igreja católica de New York, a Catedral de Saint Patrick. Também logo ali ao lado está o Radio City Music Hall, teatro onde são realizados grandes shows e gravados programas como o America’s Got Talent. Nas minhas andanças pela região, acabei descobrindo, sem querer, um lugar super agradável, o Bryant Park, com um grande gramado ao centro, repleto de mesinhas e, ao redor, restaurante, lanchonetes e carrocinhas de cachorro quente. Como eu havia comprado uma salada e estava à procura de um lugar como aquele para almoçar, pronto! Estava mais do que perfeito.
Continuei minha caminhada, desta vez rumo ao Empire State Building, o mais alto e mais famoso edifício de New York. O problema é que a atração é tão concorrida, que foi preciso enfrentar 1h30 de fila até chegar minha vez de subir ao 86º andar. Cheguei lá em cima e já havia anoitecido.
Mas essa era minha intenção, ter NY novamente aos meus pés, porém, à noite. Lá do topo tive a certeza de que a espera valeu a pena. A vista é linda. Mas, caso não queira subir nos dois prédios (Rockfeller Center e Empire State), minha dica é subir somente no Rockfeller, pois, dele você pode ver o Empire State Building emergindo no centro de Manhattan.
Voltei para a Times Square para ir para meu hotel já tarde, por volta das 23h30, e fiquei impressionada com o que vi: a quantidade de pessoas na rua. Gente indo e vindo como se ainda fossem 2h da tarde. Daí comecei a ver o porque desta ser a cidade que nunca dorme.
Já o domingo foi dedicado ao passeio pelo sul de Manhattan. Comecei pegando o barco da Circle Line, no Pier 16. A fila também é bem grande, porém, mais rápida do que a enfrentada no dia anterior. O barco começa o trajeto ladeando Manhattan pelo lado oeste, no rio Hudson, quando passa pela pontinha da ilha, com seus prédios maravilhosos e perto da Elis Island, onde está o Imigration Museum.
Passa também em frente a Liberty Island, onde fica a pequena Estátua da Liberdade. Sim, pequena. Bem pequena. Já sabia disso, mas não nego que tive uma pontinha de decepção ao vê-la de perto. Ainda acreditava que ela fosse maior do que diziam, mas não. Nosso Cristo Redentor ganha de um milhão no quesito beleza, emoção e tudo mais. Aliás, ela deve bater abaixo do ombro do Cristo. Mas também não nego que gostei de vê-la, afinal de contas, era a Estátua da Liberdade ao vivo e em cores na minha frente, e ela é bonita, mesmo que pequena, e representa a liberdade.
Já voltando para o lado leste de Manhanttan, no rio East, o barco passa sobre aquela que considero a mais bela atração da cidade: a Brooklyn Bridge, que liga Manhattan ao distrito do Brooklyn. A ponte começou a ser construída em 1883 e demorou 16 anos para ficar pronta, o que explica tanta beleza. O passeio é super agradável e dura cerca de 40 minutos. Muito válido.
Brooklyn Bridge vista do barco, no rio East
Saindo do píer, já ‘caí’ na Wall Street, distrito financeiro da cidade, onde estão localizados prédios como o Federal Hall, o NY Stock Exchange – bolsa de valores de NY, a mais importante do país e do mundo -, o The Trump Building, prédios que concentram sedes de importantes grupos empresariais e financeiros e, ao final da rua, a Trinity Church.
Atrás da Wall Street, para o lado oeste de Manhattan, está o National September 11 Memorial & Museum, no qual não se paga para entrar, mas, recomenda-se deixar uma contribuição para manutenção do memorial. O local conta com dois grandes buracos no chão, com 10 metros de profundidade e do tamanho exato de cada uma das torres, os quais representam o vazio deixado pelas vítimas. Sobre eles, um espelho d’água formado por cascatas e, no parapeito ao redor de toda a extensão das ‘piscinas’, estão gravados os nomes das vítimas.
Fiquei impressionada em ver o tamanho daqueles monumentos e ainda não acreditando nos atentados de 11 de setembro, com certeza, a cena que mais me impressionou, talvez por ter acompanhado tudo ao vivo, o que me fez parecer estar tão perto de tudo. Fiquei olhando para os prédios ao redor, imaginando como se sentiam as pessoas que assistiam a tudo. Mas não dá para ter ideia. Nem quero. O museu ainda está em fase de construção, mas, de toda forma, o memorial é um local que merece ser visitado, apesar de um sentimento estranho ter me invadido. Um local de reflexão e, acima de tudo, símbolo de perseverança.
Logo ao lado, um conjunto arquitetônico, com cinco novos prédios, vem sendo construído, sendo que a torre principal, a WTD1, terá a mesma altura das torres gêmeas, com 417 metros e uma antena de 14 metros no topo.
Memorial e, ao fundo, os novos prédios
Saindo do memorial, siga até o bairro de Tribeca – o nome representa as primeiras sílabas de Triangle Bellow Canal -, que fica logo ali perto, e é repleto de restaurantes, cafés e lojas despojados, todos localizados no térreo de prédios decorados com as escadas de incêndio nas fachadas. Bom atendimento, ruas bem mais tranquilas do que no restante da ilha e muitas pessoas pedalando -bicicletas são meios de transporte ideais para essa parte da cidade. O bairro é um clássico em plena NY, ideal para descansar das luzes e do agito da Times Square. Não cheguei a ir lá à noite, mas dizem que é super badalada, com bares enchendo bem tarde e permanecendo abertos até de manhã.
Também na região, conhecida como Lower Manhattan, está o bairro de Chinatown, considerado o maior dos Estados Unidos. Cheiros, cores, idiomas, tudo se mistura. As ruas são cercadas por lojas entulhadas de souvenires, temperos, muambas, frutas, produtos falsificados, tudo junto e misturado. Também há aquelas vitrines com animais pendurados, o que não me agrada em nada e, instantaneamente, me fazem dar meia volta. Mas, de toda forma, vale a pena visitar, principalmente se você der sorte de ir lá em um dia em que as lojas clandestinas estiverem de portas abertas (ou seja, quando não há batida policial). Não sou a favor de produtos falsificados, mas é, no mínimo, interessante ver a perfeição das réplicas.
A colorida e bagunçada Chinatown
Continuando a caminhada, passei pela Foley Square e pelo Civic Center, onde estão localizados os prédios administrativos de New York, como a Suprema Corte e a prefeitura, até chegar à Brooklyn Bridge para, dessa vez, atravessá-la a pé. De perto a ponte é ainda mais linda.
Por baixo passam os carros e por cima e ao centro há uma travessia para pedestres. Pelo chão de madeira, ficam centenas de pessoas perambulando, tirando fotos, andando de bicicleta, correndo ou apenas paradas à sua beira admirando Manhattan. Cruzei os 1,8 km e cheguei até Brooklyn, o distrito mais populoso da cidade. Fui até o Brooklyn Bridge Park, que também nos oferece uma vista belíssima de Manhattan e seus arranha-céus. A caminhada até o parque é daquelas que te faz pensar: quero morar aqui. Ruas calmas, limpas, arborizadas e casinhas com escada na porta e corrimão de ferro. Queria ter caminhado mais por Brooklyn, porém, não fui muito longe.
Dali de perto mesmo já peguei um metrô e voltei para a Times Square. Andar era uma atividade para a qual eu já não tinha mais forças. Aliás, tudo o que eu precisava naquele momento, após visitar tantos locais em um único dia, era de energia. Então, me dei o direito de ir à Carnegie Deli, considerada a melhor delicatessen do mundo. Lá, são feitos os próprios pastries, carnes e pickles. Claro que, ao chegar, havia uma fila na porta, mas, como eu estava sozinha, foi bem rápido conseguir uma mesa.
De entrada, são servidos os pickles, deliciosos e picantes, do jeito que eu gosto. Já como prato principal, pedi o omelete de pastrame, de comer rezando. Mas, nem bem acabei de almoçar, o garçom já estava entregando a conta em minha mesa. Aliás, isso é bem comum em New York. À princípio, achei um desaforo e, em uma outra ocisião, cheguei a pedir o cardápio novamente e comer uma sobremesa só de pirraça. Mas depois vi que isso é normal na cidade, que tem um ritmo mais acelerado do que qualquer outro lugar do mundo. Então, não se preocupe achando que é falta de educação. Está certo que o atendimento em NY também não é dos melhores, mas nada que vá atrapalhar a viagem.
Mais um dia em NY, decidi visitar o Soho. Mais um bairro de Manhattan repleto de cafés e galerias de arte. Isso sem contar com a avenida West Broadway, com as milhares de lojas de grife, bazares e aquelas lojinhas ideais para quem gosta de garimpar peças descoladas.
Soho e as ruas de comércio atraente
Lá, as ruas também são decoradas pelas escadas de incêndio. Cada uma mais alta do que a outra, que cheguei a torcer para que ninguém jamais precise usá-las. Depois de andar pelo bairro, sem rumo e sem direção, pegue a Grand Street e vá até o bairro de Little Italy, um pedacinho da Itália em New York. Lá, cantinas com cozinha típica italiana, cafés e gelaterias nos atraem pelos sabores e aromas. Não deixe de experimentar um spaghetti em um dos restaurantes como o Caffe Napoli, Pellegrino’s ou La Mela. De sobremesa, opte pelo sorvete de pistache da Ferrara Bakery & Cafe, localizada na Grand Street.
Ainda em Lower Manhattan, caminhei até a praça Washington, que mais parece um parque. Pessoas tomando sol, fazendo picnic ou apenas descansando passam a tarde lá. Como a região é cercada por prédios da New York University (NYU), a praça fica tomada por estudantes. E por esquilos, que sempre estão por lá esperando ganhar as tão sonhadas nuts de quem passa por ali. A praça conta também com uma bela fonte em seu centro e o Arco de Washington, que lhe dão ainda mais charme.
Além disso, o Arco marca o começo da 5ª avenida, a mais famosa de New York. A praça fica localizada no bairro de Greenwich Village, outro que nos faz ter vontade de morar. Casarões antigos e prédios bucólicos tomam conta do cenário, além de infinitas galerias de arte e centros de literatura. Dê uma volta pela Bleecker Street, uma das mais lindas da região.
Depois de uma volta a pé por Greenwich Village, decidi alugar uma bike compartilhada do Citi Bike New York. Você paga U$ 9,95 por 24h e pode usar as bicicletas à vontade, lembrando que é preciso devolvê-las em qualquer uma das estações a cada meia hora, caso não queira pagar multas. Já contei um pouco sobre as bikes aqui, e, apesar de achar que o programa sirva mais para quem mora na cidade e quer chegar rápido em um determinado local, do que para turistas, que querem passear sem hora para terminar, ainda assim, acho que vale muito a pena.
Pausa na bike para admirar o Hudson River Park
Fui no pedalando pelo Hudson River Park, quando passei pelos Chelsea Piers, que conta com centros de esportes, e passei pelo Intrepid Museum, que exibe a história, a ciência e os serviços relacionados à aviação norte-americana. O museu fica dentro do porta-aviões Intrepid (CVS-11), usado na segunda-guerra Mundial, e expõe ainda um Concord, submarino, barcos e outros aviões.
Em frente ao Intrepid Museum com meu meio de transporte do dia
Ao chegar ao Central Park, devolvi minha magrela em uma estação e fui caminhando por dentro dele até chegar ao Dakota Building, localizado em plena Central Park West. Este é o prédio onde moravam John Lennon e Yoko Ono e na frente do qual ele foi assassinado. O prédio, construído em 1884, é maravilhoso, com arquitetura Art Noveau, e fica constantemente cheio de fãs tirando fotos ao redor. Eu era uma delas.
Logo em frente, novamente no Central Park, encontra-se o Strawberry Fields, uma área do parque dedicada ao tributo prestado por Yoko Ono ao cantor. É lá que está o mosaico com o escrito ‘Imagine’ ao centro, sempre com flores ao redor, deixadas pelos fãs. Se você tiver sorte, como eu tive, ainda pode encontrar algum músico se apresentando por lá e cantando – adivinhem qual música – ‘Imagine’! Foi de arrepiar!
De lá já decidi percorrer o parque, que é enorme, com 3,4 km quadrados de área. No caminho você verá zoológico, lagos, barquinhos, parquinhos infantis, pistas para equitação, bicicleta e corrida, pontes, enfim, tudo o que um parque merece ter.
Mas o que mais me chamou atenção foi o Belvedere Castle, concebido em 1865, que fica bem ao meio do parque e, além de ser lindo, possibilita uma visão de 360 graus do parque. O castelo também conta com teatro, estação meteorológica e exposição de artefatos como microscópios e telescópios.
Depois da volta ao parque, voltei para o burburinho e fui caminhar pela 5ª avenida, a mais famosa da cidade e onde se concentram as lojas de luxo, assim como a loja da Apple, a mais bonita que já vi, mas também a mais cheia, que chega a ser insuportável ficar lá dentro. Os preços em NY não são tão atrativos quanto de outras cidades americanas, mas, para quem for visitar somente a Big Apple, vale a pena fazer compras por lá (já que no Brasil isso está ficando cada vez mais difícil).
Também caminhei pela bela Park Avenue, onde está o localizado o cinco estrelas Waldorf Astoria. Você deve conhecê-lo, pois foi lá que o coronel Slade e Charlie se hospedaram ao chegarem a NY, no filme Perfume de Mulher. Super luxuoso, vale a pena entrar para ver o saguão, onde está um grande mural com fotos dos hóspedes ilustres, entre eles, meu ídolo Paul McCartney.
No dia seguinte, fui usufruir do restante das minhas horas de City Bike. Peguei uma cedo, na Broadway, e pedalei por toda a 5ª avenida, até chegar novamente à Washington Square; retornei ao Hudson River Park, desta vez pedalando sentido sul; passei pelo World Financial Center, com prédios maravilhosos e bem localizados, logo em frente ao North Cove Yatch Harbor, com lanchas incríveis; fui ao Battery Park e peguei a Franklin Roosevelt Park, passando por baixo da Brooklin Bridge.
Vale lembrar que eu ia devolvendo a bicicleta a cada meia hora, localizando as estações mais próximas por meio do aplicativo City Bike para celular, que funciona por meio de GPS. Em certo momento, no Chinatown, tive dificuldade de devolver a bike, pois ela não encaixava de jeito nenhum nas estações. Tentei diversas vezes e até tive ajuda de um senhor chinês, que, preocupado, já estava ligando para a assistência, quando, por sorte, consegui devolver a bicicleta. A esta altura já tinham passado os 30 minutos e meu banco no Brasil já havia enviado uma mensagem de cobrança do cartão de crédito ao meu celular. Mas não me preocupei. A multa é baixa (não se compararmos com o valor da diária) e foi somente uma. E multa em NY é multa em NY, né? (Nada disso.. multa é multa e devem ser evitadas!).
Cheguei novamente a Times Square, onde peguei o metrô e fui visitar a amiga de uma amiga, que hoje é também minha amiga. Ela mora em NY e trabalha no Bareburger do Queens, uma sanduicheria muito top e recomendada pelos guias Michelin e Zagat.Todos os produtos são orgânicos e fresquinhos e há diversas opções para vegetarianos. Ao ver o cardápio, fiquei um pouco perdida, sem saber o que pedir entre tantas opções atrativas. Então, claro, pedi uma dica do que escolher e acabei experimentando um sanduíche de carne de búfalo. Sensacional. Também experimentei uma cerveja, a Lagunitas, produzida na Califórnia.
No final, já que tinha enfiado o pé na jaca, resolvi fechar com chave de ouro: de sobremesa, milk-shake de banana com peanut butter. Chorei! Não tem como explicar. Só mesmo, indo a uma das lojas para experimentar (vou tentar fazer em casa!!!). Comi tanto, que voltei para o hotel andando. Isso significa que atravessei a Queensboro Brigde, que, por sinal, proporciona uma vista linda, e caminhei da 1ª à 7ª avenida. (Abro aqui um parênteses para falar que, ladeando a Queensboro Bridge, há o Roosevelt Island Tramway, um bondinho suspenso que liga Manhattan ao Queens. Não tive tempo de fazer o passeio, mas, com certeza, deve valer a pena).
Bondinho visto da ponte, com um belo final de tarde
À noite, lá estava eu, enfrentando a fila quilométrica para chegar ao meu lugar no Minskoff Theatre e assistir ao Rei Leão. Novamente, não tem como explicar o tanto que é lindo. Só mesmo vendo o musical, que me arrancou lágrimas, tanto pela história e pela perfeição da apresentação, quanto por lembrar que aquela era minha última noite na Big Apple.
Saí de lá com a certeza de que tenho que voltar à Capital do Mundo, New York City, Big Apple, City that Never Sleeps, ou qualquer um dos diversos outros apelidos desse lugar incrível, que encanta, seduz e faz sonhar. O que me conformava é que no dia seguinte eu iria para mais um destino incrível: Toronto, no Canadá.
Show, amo NYC! E você pode sempre voltar e fazer novos passeios.
Aproveito e deixo algumas dicas…
Madson Square Garden, assista a um show ou algum evento esportivo e vá ao Flushing Meadows Park no Brooklyn que é muito legal!
E ir no inverno também tem um charme bem especial! Parabéns Angelina, adorei suas dicas! Um grande abraço!
Que bom que gostou, Marcelo!
E obrigada pelas dicas! Ainda pretendo voltar várias vezes a NY e, com certeza vou incluí-las em meu roteiro! É uma cidade que nem quem mora lá consegue conhecer e fazer tudo! Sempre haverá novidades!
FANTASTICO!!!! EU ME SENTI COMO SE ESTIVESSE VISITANDO TODOS ESSES LUGARES PESSOLMENTE. COMPLETISSIMO, TEXTOS E FOTOGRAFIAS EXCELENTES! O MATERIAL E MUITO VALIOSO, E CERTAMENTE SERA COMPARTILHADO POR UM GRANDE NUMERO DE PESSOAS!!! MEUS PARABENS, ANGELINA FONTES, POR SUA IMPECAVEL PRODUÇAO!!!
Fico feliz que tenha gostado! A intenção é essa mesmo! Fazer com que se sintam o mais próximo possível de cada destino! Em breve, mais dicas!
MUITO MANEIRO O TEXTO E O ROTEIRO, FIZ QUASE TUDO, PORÉM, SEMPRE É BOM DEIXAR OUTRAS COISAS PARA FAZER NA VOLTA E SE DEUS QUISER, NÃO VAI DEMORAR….. PARABÉNS PELA MATÉRIA!!!!
Obrigada, Alberto! Isso mesmo.. sempre bom deixarmos algo de fora do roteiro, para termos motivo para voltar, não é? Abs!
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