Saí de Ottawa com destino a Chicago, em Illinois. O voo da United Airlines teve duração de 1h30 e foi super tranquilo, mesmo porque fui dormindo da decolagem à aterrissagem. Cheguei ao aeroporto Chicago O’Hare, o principal da cidade. Enorme e super organizado, ali mesmo consegui pegar o metrô e descer na estação Harold Washington Library, a qual fica localizada bem próxima ao hotel onde me hospedei, o Travel Lodge Downtown. Optei por este hotel devido ao custo-benefício. Paguei um bom preço para ficar em uma excelente localização. Porém, o quarto no qual fiquei não era lá grandes coisas. O hotel estava passando por reforma, mas as obras ainda não haviam chegado naquele andar (claro que não). Mas me atendeu bem…
Estava ansiosa por chegar a Chicago, uma cidade que sempre via na TV e sempre achei que fosse bonita e agitada. Mas não sabia o que estava por me esperar. Cheguei lá mais cedo do que meu noivo – à época, meu namorado -, que ia me acompanhar naquela parte da viagem, pois sempre teve vontade de conhecê-la também. Então, como não consigo ficar parada, ainda mais diante da terceira maior cidade dos EUA, fui logo reconhecer o território. Dei uma volta no quarteirão, onde descobri um Starbucks (oba!) e uma Walgreens (oba!) e depois caminhei rumo às margens do lago Michigan. Foi amor à primeira vista.
O local é amplo, com pista para corrida e caminhada, belíssima vista para o lago – que mais parece um mar devido ao tamanho -, e atrai centenas de pessoas que ficam por ali aproveitando as tardes de verão. Tem também uma fonte maravilhosa, a Buckingham Fountain, com jatos que jogam a água nas alturas, a qual serviu de imagem de fundo para uma noiva que fazia fotos às margens do lago. Foi nesse curto momento, em que fui até o Lake Michigan, que descobri o motivo da cidade ser conhecida como ‘Windy City’.
Fiquei por ali um pouco, caminhando, apreciando a beleza do local e ajeitando meu cabelo atrapalhado pelo vento, até dar o horário de encontrar meu noivo no hotel. Quando ele chegou, fomos procurar um lugar para almoçar. Começamos a caminhar pela rua de trás de nosso hotel, a S State Street e, a cada esquina, ficávamos impressionados com os belos prédios e com os trilhos do metrô suspensos sobre as ruas e entre os edifícios. Muita gente por todo lado, de executivos a turistas, cruzando as grande avenidas de Chicago.
É nesta rua que está o famoso Chicago Theatre, construído em 1921, que recebe grandes shows e peças teatrais. O letreiro vertical na fachada se tornou um dos símbolos da cidade. Paramos, tiramos fotos e continuamos nossa caminhada.
Atravessamos pela primeira vez o rio Chicago, e continuamos caminhando e observando o movimento. A rua é repleta de bares e restaurantes para todos os gostos e bolsos. Escolhemos um de comida mexicana e pedimos uma cerveja gelada para acompanhar.
Voltamos para o hotel e, depois de um descanso, seguimos para uma noite de jazz. Porque ir a Chicago e não ir a um show de jazz é o mesmo que não ir a Chicago. Chegamos a ir a House of Blues, uma das mais famosas da cidade, porém, a casa estava fechada para um evento particular.
Nos indicaram, então, o Andy’s Jazz Club, logo ali perto e também bem famoso! Partimos para lá e curtimos um excelente show de jazz, com petiscos deliciosos e drinks dos mais variados. Fechamos nossa primeira noite em Chicago com chave de ouro.
O dia seguinte foi bastante agitado. Logo cedo fomos conhecer mais a cidade caminhando (por isso a localização é sempre meu principal motivo de escolha dos hotéis) e fomos até a Willis Tower, enorme edifício, com 110 andares, onde, no topo, está o Skydeck, um observatório todo feito com vidro, até mesmo o chão, de onde podemos avistar toda a cidade. Enfrentamos uma fila grande, mas não poderia perder esta atração. Na fila, ficamos nos divertindo com desenhos de famosos nas paredes, em seus tamanhos reais, para que pudéssemos ver o quanto somos baixinhos (no meu caso) ou altos.
Lá em cima começa a disputa para pisar, deitar, assentar ou pular nos observatórios. Claro que fizemos todas as poses para as fotos, após passar a aflição de olharmos para os nossos pés e, sob eles, vermos as ruas da cidade.
Continuamos nossa caminhada pelo centro de Chicago. Esta parte central da cidade é conhecida como The Loop. O tempo inteiro impressionados em como a cidade é um polo econômico e cultural, de tantas atrações e centros empresariais. Cada prédio mais bonito do que o outro, o que dá um charme à parte à cidade.
Chegamos então a outra atração que já estávamos curiosíssimos para conhecer, o Millennium Park, localizado às margens do lago Michigan. Mais especificamente, gostaria de ver de perto a escultura conhecida como Cloud Gate, a qual carinhosamente apelidamos de ‘feijão’.
O feijão é uma escultura desenvolvida pela artista britânica Anish Kapoor. Toda feita em aço sem costura, pesa 110 toneladas e foi desenvolvida com o objetivo de refletir os arranha-céus e as nuvens de Chicago.
Mas o que ela mais reflete são pessoas que ficam ali fazendo poses e fotografando. Algumas chegam a saltar na frente da escultura e depois ficam procurando o reflexo do salto no feijão por horas a fio. Um barato!
Logo ali em frente está o Jay Pritzker Pavilion, que, no momento da nossa visita, sediava um show de??? (Um doce para quem descobrir!) JAZZ!!! É claro! A cara de Chicago!
O Millennium Park é um daqueles locais que dá vontade de passar ficar por todas as manhãs. Não é à toa que nos assentamos no restaurante/bar do parque para uma cervejinha gelada, aproveitando o verão assim como os nativos, já que no inverno sair às ruas é tarefa praticamente impossível!
Outra atração do parque que chama atenção de quem quer que seja é a Crown Fountain, desenvolvida pelo espanhol Jaume Plensa. Trata-se de uma fonte interativa, formada por uma piscina de granito preto e duas torres de vidro, as quais exibem imagens digitais de cidadãos de Chicago. Pelas imagens, é como se eles estivessem jogando água na piscina com a boca. No verão, o espaço é utilizado pelos moradores para se refrescarem. Crianças são os principais usuários.
Na sequência, fomos caminhar pela avenida Michigan, a principal da região. É lá que está concentrado o melhor comércio e as principais lojas de departamentos. Cruzamos a bela Michigan Avenue Bridge, que levanta suas plataformas para que embarcações atravessem o rio Chicago. Porém, não presenciamos este momento, mas ficamos ali observando a beleza da cidade e dos prédios que a cercam.
Continuamos a caminhada até chegar à área mais nobre da cidade, na parte norte da Michigan Avenue, conhecida como Magnificent Mile. Ali estão concentradas as principais grifes do mundo, excelentes restaurantes, museus e hotéis. Também é lá que está o John Hancock Center, prédio com 94 andares, de onde também se tem uma bela vista da cidade.
Mas, como já havíamos subido na Willis Tower, não fomos ao topo deste. Mas ficamos ali em baixo olhando sua beleza, quando, de repente, meu noivo avistou a melhor parte da cidade: a The Cheesecake Factory, parada obrigatória em qualquer cidade que tenha uma loja da rede. Os pratos são todos incríveis, mas, para mim, as sobremesas fazem as vezes do prato principal. São mais de 50 sabores de cheesecakes, os mais variados e deliciosos do mundo!
Como estávamos a todo vapor com nossa caminhada e com a intenção de visitar um dos mais famosos locais de cachorro quente da cidade, deixamos o pit stop na loja para a volta e optamos por terminar nossa trajetória sobre suas rodas. Pegamos as bikes compartilhadas e fomos pedalando pelas ruas de Chicago e então nos deparamos com… uma praia, a North Avenue Beach. Isso mesmo! Chicago tem praia, com areia fina e gente de biquini tomando sol!
Ficamos ali um pouco, molhei meus pés na água gelada do lago e continuamos o pedal até o The Wieners Circle, a tal lojinha famosa de cachorro quente. Isso porque Chicago é famosa pelo jazz, pelo cachorro quente e pela pizza com recheios gigantescos, que vou falar mais adiante.
Porém, nos decepcionamos um pouco (‘um pouco’, para ser gentil)! Nosso cachorro quente ganha de zilhões de vezes daquele. O deles: uma salsicha grande, pimenta, pimenta e pimenta, e, no final, mostarda e catchup, para ‘criar’ um molho opcional. É! Porque ele não vem com molho… Imagina isso?? Cachorro quente sem molho? O nosso: salsicha, batata palha e um perfeito molho feito com tomate de verdade, cebola, salsinha e mais um tanto de temperos, depois maionese, catchup, mostarda, vinagrete e o que mais quisermos! Isso sim é um cachorro quente de verdade!
Mas valeu o passeio, pois conhecemos um lado mais simples da cidade, onde turistas não devem ir com tanta frequência.
Voltamos para o centro de bike, percorrendo o Lincoln Park, até chegarmos novamente à Michigan Avenue, onde fomos à Cheesecake Factory e aproveitamos a loja Nordstrom Rack para fazer umas comprinhas. Esta é uma ótima loja de departamentos, que vende roupas e acessórios de grife por um preço excelente. São coleções passadas, as quais ganham descontos irresistíveis. Vale a pena conferir!
Também aproveitamos o final da tarde em um bar, o Bennigan’s, localizado na Michigan Avenue. Uma boa pedida para quem gosta de cerveja gelada e petiscos. Já deu para perceber que eu e meu noivo adoramos, né? Ainda mais em pleno verão norte americano…
Em nosso último dia em Chicago, fizemos uma corridinha de 6 km no lakeshore. Partimos de frente da Buckingham Fountain e seguimos sentido sul, passando pela Notherly Island, de onde tivemos uma visão maravilhosa da cidade e seus inúmeros prédios.
Também pedalamos pelas movimentadas avenidas da cidade e, por fim, fomos experimentar a famosa Stuffed Pizza, ou seja, pizza estufada. Da forma como os americanos são exagerados, principalmente, quando se trata de comida (as porções são sempre enormes), já se pode imaginar o que é uma pizza estufada, certo? Optamos por ir ao Giordano’s, considerada a stuffed pizza número 1 no mundo. O lugar é super agradável e tem bom atndimento, porém, a pizza demorou um pouco para chegar. Mas, levando em consideração o tanto que fica cheio, perdoamos a demora. Quando o garçom trouxe o nosso pedido, quase caí da cadeira! Explico o motivo por meio da foto abaixo.
Para mim, uma fatia é um almoço e jantar juntos! Tanto é que chegamos ao ponto de comer somente o recheio, de tão grande e bem servida! E o principal, uma delícia! Visitando Chicago, não deixe de experimentar. Faz parte do roteiro obrigatório pela cidade.
Ah, foi neste dia que conheci aquele serviço de transporte que falei neste post, o Lyft! Chamamos um driver para nos levar de volta ao hotel. Um barato!
No dia seguinte, pela manhã, deixamos Chicago com aquela certeza de quem um dia voltaremos. Meu noivo voltou para a casa dele, onde eu o encontraria ao final da minha viagem, e eu, mais uma vez, voltei para o Canadá, agora para visitar a melhor das cidades canadenses que conheci: Vancouver!