Amsterdam em 4 dias

Muita gente fala que quatro dias é pouco tempo para visitar uma cidade. Dependendo da cidade e de quantos passeios e locais você quer conhecer, é sim. Mas se você souber aproveitar seu tempo ao máximo e tentar seguir um roteirinho pré-estabelecido, quatro dias podem ser suficientes! Principalmente se a cidade não for tããão grande.

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Foi assim em Amsterdam! Eu e minha amiga estávamos em Londres e resolvemos ir pra lá de ônibus. Compramos o tíquete no site da National Express e viajamos a noite inteira, cerca de 11h de viagem. Mas não pensem que você vai dormindo e balançando o tempo inteiro dentro do ônibus não, porque é bem diferente!

Saímos da Victoria Coach Station, em Londres, e, quando chegamos em Dover, cidade costal inglesa, nosso ônibus entrou em uma balsa. Porém, não se pode ficar dentro do ônibus, o que não foi problema algum. A balsa é enorme, com restaurantes, lojas, sofás enormes para tirar um cochilo e, para a alegria da minha amiga, fliperama! Ela subiu numa motoca e quase que segue viagem para Amsterdam ali em cima mesmo! 

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O trajeto na balsa levou cerca de 1h30 e deu aquela quebrada na monotonia da viagem noturna de ônibus. De volta à terra firme, dormimos até chegarmos em Amsterdam. 

O clima estava nublado, mas não muito frio. As placas de sinalização são ilegíveis para nós, que falamos apenas Português e Inglês. Mas, com a ajuda de um mapa, tudo fica mais fácil. Descobrimos um ônibus elétrico que nos levou até próximo ao nosso hotel, onde deixamos as malas e já saímos para desbravar aquela linda cidade, diga-se de passagem, um dos destinos mais populares da Europa.

Nosso hotel ficava bem pertinho do parque mais famoso de Amsterdam, o Vondelpark, então, essa foi nossa primeira parada! Andamos um pouco pelas trilhas, em meio às árvores e lagos! É realmente um lugar lindo e relaxante, que merece ser visitado.

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De lá, fomos perambular pelos famosos canais. São mais de 160 deles, interligados por mais de 1.000 pontes. Ao redor, as compridas e estreitas casinhas holandesas, geralmente pintadas de marrom e com janelões, completam o cenário.

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As ruas sempre lotadas de gente e, claro, de bicicletas, algo que por sinal me arrependo de não ter feito. Então, quem estiver planejando ir pra lá, inclua o passeio de bike na lista do que fazer. Caso contrário, entrará para o time dos arrependidos do qual faço parte. Só não vá esquecer onde estacionou sua magrela, pois os estacionamentos de bicicletas são de perder de vista. Algo impressionante! 

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Também fizemos o passeio de barco pelos canais. Uma forma de admirar esta belíssima cidade por um ângulo diferente e, também, uma maneira de ver de pertinho as famosas casas flutuantes, que são muitas e lindas!!

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No dia seguinte foi a vez de conhecer um pouco mais sobre uma das cervejas mais famosas (e gostosas) do mundo: a Heineken!

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A birita tem um museu especialmente para contar sua trajetória desde quando foi criada, em 1873, até hoje! O museu é super interativo e os visitantes podem provar a cerveja em vários estados de produção (o que não é nada gostoso)…

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Só mesmo no final conseguimos saboreá-la e sair bem alegres do Heineken Experience!

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E como não poderia deixar de mencionar, vai aí um passeio que deve estar sempre nos planos de quem visita Amsterdam: o Red Light District. Reserve algumas horas para perambular no famoso bairro dedicado ao entretenimento adulto, onde garotas de programa se exibem nas vitrines das casas rua afora. Isso começou com a necessidade das moças se protegerem do frio e hoje é uma das grandes atrações de Amsterdam.

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Por lá você vai ver todo tipo de gente e de todas as idades: homens, mulheres, famílias, idosos, crianças… o local é tão interessante que não passa batido por ninguém. Sex shops estão por toda parte e também tem um museu erótico para os que querem aprofundar um pouco mais no assunto. 

Ao redor do Red Light District, mais especificamente, no centro de Amsterdam, é onde estão concentradas dezenas de bares, restaurantes e coffee shops.

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Os coffee shops são pra lá de famosos, pois é onde são comercializadas drogas consideradas leves como maconha, haxixe e cogumelos, todos de uso tolerado, porém, dentro de uma política de fiscalização bem rigorosa. 

Os locais oferecem quitutes variados no cardápio como cookies, bolos, etc., que vão do ‘moderado’ ao ‘mais pesado’. Para mim, iniciante no assunto, sugeriram um cogumelo trufado. “No ano que vem”, disse a vendedora, “você pode se arriscar com um mais ‘pesadinho'”. (Veja a foto do cardápio com opções para todo mundo! A foto foi tirada da vitrine, mas dá para ter uma ideia de como os produtos são vendidos).

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Compramos o sugerido para nossas pessoas – não usuárias. Mas mal sabia eu que minha aventura não duraria nem 30 minutos. A barista explicou dos períodos de altos e baixos que o cogumelo provocaria, indo da euforia à calmaria em questão de minutos, por cerca de seis horas!!! Isso mesmo! O efeito dura aproximadamente seis horas. Também falou que não é bom consumir pelo período de uma hora após as refeições, para não prejudicar a digestão.

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Mas, apesar da aparência de uma fruta seca, o gosto é de fruta seca podre. Então, tivemos a brilhante ideia de misturar as nossas frutinhas podres em um potinho de sorvete e mandamos ver! Passados 30 minutos, eu já vendo vultos atrás de pessoas e carros e me sentindo fora do chão, senti um enjoo absurdo e passei muito mal. No mesmo momento, minha vertigem acabou e voltei ao estado de antes. Fiquei apenas me divertindo sã com as viagens de minha amiga nada sã e com a certeza absoluta de que a culpa foi toda do sorvete. E o efeito dura mesmo seis horas…

Mas deixando a loucura de lado, o qual faz parte da visita a Amsterdam, focamos na cultura! A cidade é cheia de museus para adultos e crianças, como o Madame Tussauds, o Amsterdam Museum, o Rijksmuseum – maravilhoso, diga-se de passagem -, e o mais bacana de todos na minha opinião: o Van Gogh Museum.

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Como o próprio nome já diz, o museu é dedicado a este artista plástico maravilhoso e, se assim podemos dizer, doido, por ter cortado a própria orelha com uma lâmina de barbear durante briga com um amigo e cometido suicídio aos 37 anos de idade. Apesar de ter sido diagnosticado com uma grave doença mental, ele é o autor de grandes obras como Starry Night, Sunflowers, Bedroom in Arles e muitas outras que podem ser conferidas no museu. 

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A casa de Anne Frank também é outra parada obrigatória. Localizada à beira do canal, está a residência em que ela morou com a família, a qual pode ser visitada.

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Anne Frank ficou mundialmente conhecida após a publicação do livro “O Diário de Anne Frank” em que ela relata os dois anos que ficou confinada com a família em um anexo no escritório de seu pai durante a Segunda Guerra Mundial. Livro e museu imperdíveis!

Mesmo tendo visitado as principais atrações da cidade, Amsterdam é daquele tipo de local que nos deixa com gostinho de quero mais. Talvez pelo fato de eu não ter pedalado por lá esse desejo fica ainda mais aguçado. Mas isso é o bom de não fazer tudo em uma única visita: você sempre terá uma desculpa para voltar.

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