A linda meia maratona de San Francisco

Correr é um vício, uma paixão! E aliar essa atividade a outra paixão é ainda melhor: viajar para corer, ou correr na viagem…

Já fiz isso algumas vezes e sempre amei! Quando viajo para correr, ganho de brinde vistas lindas, pois o percurso é escolhido a dedo para encantar os corredores. Já quando corro nas viagens, o brinde são as surpresas dos caminhos que optamos por passar, uma vez que, durante um city tour ou uma caminhada, certamente, não passaríamos por tais lugares por questão de tempo, ou distância…

Antes da largada, com a Bay Bridge ao fundo
Antes da largada, com a Bay Bridge ao fundo

No último final de semana, não viajei para correr e nem corri na viagem. Apesar de que, se sair de uma cidade para correr na cidade vizinha for considerado viajar para correr, assim foi feito! Participei da Meia Maratona de San Francisco. Na verdade, da First Half Marathon, levando em consideração que os inscritos podem escolher entre a primeira e a segunda meia (que são a primeira e segunda metade da maratona). Claro que, boa turista que sou, escolhi a primeira, que passa pelo Embarcadero e atravessa a Golden Gate Bridge. Esses visuais sempre nos ajudam a manter o ritmo e nos incentivam durante a prova!

Paparazzi
Paparazzi

Esta não foi minha primeira meia maratona desde que cheguei aqui, mas foi a mais especial, a começar pelo cenário que, na minha opinião, é uma das cidades mais lindas do país! E também por ter me feito lembrar do treino que fiz um mês atrás com a cia de corrida mais especial do mundo! Minha irmã!!!

Mas vamos ao trajeto: começamos a prova às 5:40 da matina, saindo da frente do Ferry Building. Seguimos por todo o Embarcadero, passando pelo Pier 39, Fishermans Wharf, Marina, Crissy Field até chegar à Golden Gate Bridge. Nesta parte é até engraçado, pois vemos TODOS os corredores (com excessão dos profissionais, claro) preparando o celular para as fotos.

Atravessando a Golden gate Bridge! Momento mais especial da prova...
Atravessando a Golden gate Bridge! Momento mais especial da prova…

O macete é corer e fotografar ao mesmo tempo, porque não rola de parar para a foto, né? Assim você não perde tempo e nem atrapalha os outros corredores, que, com certeza, ficarão enjuriados se você parar no meio do caminho para tirar fotos. Infelizmente, saí mastigando meu carbogel nas fotos feitas por fotógrafos profissionais na ponte. Então, uma dica: nunca coma ou tome seu carboidrato enquanto passa pelos pontos turísticos. Um paparazzi pode registrar este momento.

Repor energia na GGB? Nunca mais...
Repor energia na GGB? Nunca mais…

Saindo da ponte, passamos pelo Presídio, descemos o morro ladeando o Pacífico, passamos pelo Richmond District até finalizar no Golden Gate Park.

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Resumindo: é uma prova mais puxada do que as meia maratonas que estou acostumada a fazer devido a alguns morros já do meio pro final do percurso. Mas, para quem corria em BH, correr em San Francisco é tranquilo. É bom também estar preparado para o vento na Golden Gate Bridge, que estava bem forte e contra. Já o clima, estava perfeito! Nem quente, nem frio e nublado! No mais, é uma ótima maneira de se exercitar e conhecer a orla da cidade formada pela baía de San Francisco e pelo oceano pacífico.

Cruzando a linha de chegada e controlando o pace!
Cruzando a linha de chegada e controlando o pace!

A prova foi no mesmo dia da Meia Maratona Caixa do Rio de Janeiro, a minha favorita, na qual eu marcava ponto já há alguns anos. O bom foi que compensei minha ausência na meia de SF, mas, sem dúvidas, a do Rio é ainda mais especial, seja pela beleza da cidade, seja pela energia e empolgação do povo brasileiro durante uma corrida de rua. Senti falta dessa alegria estampada por aqui!

Ano que vem, com certeza, estarei presente de novo, em uma ou em outra. O que vale é fazer o que gostamos com prazer, tênis no pé e sorriso no rosto!

Adoro coleacionar medalhas! Quero mais...
Adoro coleacionar medalhas! Quero mais…

Saint Patrick’s Day em San Francisco

17 de março! O dia em que se comemora o dia de São Patrício, ou, Saint Patrick’s Day. Como neste ano a data caiu em plena terça-feira, a comemoração, ao menos em San Francisco, foi no sábado passado, 14. O motivo de antecipar a festa, claro, foi devido à associação com a bebedeira, então, nada como um final de semana para celebrar.

Em San Fran, a já tradicional parada, composta por danças irlandesas e bandas marchantes, teve início na junção da Market Street com a 2nd Street e seguiu em direção à Civic Center Plaza, onde um grande e alegre festival foi realizado. Bandas, barraquinhas de artesanato, comidas e bebidas por todo lado. Assim como milhares de pessoas vestidas de verde. Algumas semi-nuas. Sim, por aqui muitas mulheres se vestem sem o menor pudor. E as que leva a fama… já sabem, né?

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Mas, vamos à explicação das tradições da data. Por ser uma festividade católica, realizada no período da quaresma, diz-se que, antigamente, as pessoas eram liberadas para consumir bebidas alcóolicas no dia de St. Patrick, sendo este o motivo da bebedeira na festa. Além disso, é comum o uso do verde. Isso acontece porque, na rebelião irlandesa de 1798, no dia 17 de março, soldados vestiram uniformes verdes com a intenção de propagar seus ideais políticos e de chamarem atenção para tal rebelião. Além disso, a cor está presente na bandeira irlandesa e ainda no trevo de três folhas, outro símbolo da data, o qual foi utilizado por St. Patrick para explicar o conceito da Santíssima Trindade!

A festa é tão importante e comemorada nos países de língua inglesa que, em algumas cidades, como Chicago, por exemplo, pubs vendem cerveja verde e outras chegam, até mesmo, a “pintar” seus rios desta cor. Então, tudo se liga! Parada, cerveja, trevo e verde por todo lado!

Ainda dá tempo de comemorar! Vista-se e divirta-se! E não se esqueça: se beber, não dirija!

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Fort Point escondido em San Francisco

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Em mais uma linda manhã em San Francisco, fomos passeando pela Marina Boulevard até chegarmos ao finalzinho da Marine Drive. Lá, nos deparamos, como sempre, com pessoas caminhando, correndo, apreciando a bela vista emoldurada pela Golden Gate Bridge e reparamos, também, que lá no final, há um prédio antigo, parecendo abandonado. Por curiosidade, fomos caminhando até ele e, sem querer, descobrimos um belíssimo local a ser visitado na cidade. Talvez muitas pessoas nunca tenham ouvido falar, pois me pareceu não ter muito movimento de turistas por lá, como há nas demais atrações de San Fran.

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Entramos no prédio, que não cobra ingressos para a visitação, e, logo de cara, ficamos encantados com o lugar, começando pela história. Construído pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, ele ficou pronto logo antes da Guerra Civil Americana. O objetivo, claro, era defender San Francisco de possíveis ataques de navios. É por isso que, no piso mais próximo ao nível do mar estão canhões e demais itens da artilharia que viriam a ser usados. Hoje, o forte é considerado um importante ponto histórico nacional, compondo as atrações do parque nacional Golden Gate.

Mas, o que torna o lugar ainda mais especial são os diversos ângulos pelos quais podemos ver a Golden Gate Bridge. O centro do prédio, de três andares, é descoberto e, ao olhar para cima, lá estão algumas partes da maravilhosa ponte. Andando para outro lado, podemos avistar o topo de uma de suas torres. Já do terceiro andar, ficamos, praticamente, sob ela e temos uma visão incrível da ponte como um todo. Um passeio e tanto para quem quer clicar a mais famosa atração da Califórnia!

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Eagle Cafe, meu novo restaurante favorito

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Quem não gosta de comer bem? Acho que todo mundo! Eu adoro algumas grandes redes americanas, que ainda conseguem fazer a comida sem aquele sabor industrializado que encontramos na maioria delas. Mas, vamos combinar que a comida boa de verdade é aquela preparada pelo chef, na cozinha pequena, feita com muito carinho e que deixa gosto de quero sempre mais.

Foi com essa sensação que saí do Eagle Cafe, um delicioso restaurante localizado no segundo piso do Pier 39, em San Francisco. Entre as paredes de madeira, estão delícias no menu que vão desde cafés da manhã tipicamente americanos, até pratos especialmente elaborados para almoço e jantar, incluindo o bar de ostras. Aliás, os frutos do mar são a especialidade da casa.

Curiosamente, o Eagle Cafe começou como um local que vendia tiquetes para passageiros que viajavam de barco partindo de San Francisco. O movimento era tanto, que os donos abriram um café e depois transformaram neste delicioso restaurante em meio a um dos pontos mais turísticos de San Fran.

Se tiver a oportunidade de visitar, não deixe de experimentar o camarão ao alho (garlic shrimp). O molho usado no prato é algo sem explicação. Cheguei a perguntar como é feito, mas este é um segredo do chef. Só soube que no preparo leva molho de ostras. E também senti um gostinho de limão e pimenta do reino, além do alho, é claro! Outra boa pedida foi o Clam Chowder, sopa de mariscos servida no pão Sourdough, prato típico de San Francisco! Chego a dizer que, ao invés dos sandubas e frituras, este deveria ser adotado como o prato típico americano! Falando em frituras e sanduba, experimentei uma batata frita que acompanha o sanduíche que leva o nome da casa e, não coincidentemente, achei a melhor que provei aqui até então! Para completar a lista de elogios, o atendimento é ótimo e a vista para a baía dispensa comentários! Agora deixe-me ir, porque deu fome!

Eagle Cafe
Pier 39 suite #103
San Francisco, CA
(415)433-3689

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Alcatraz, melhor passeio em SF

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Alcatraz, A Rocha, Prisão de Segurança Máxima. Todo mundo já ouviu falar dela, assistiu a algum filme ou leu um livro a respeito. E sempre as pessoas falam: “a prisão de Al Capone”. Sim! Esta mesmo. Ela não é mito e fica aqui, em San Francisco.

A desativada prisão é aberta ao público para que possam conhecê-la e desvendar seus mistérios. São milhares de turistas passando por lá anualmente, curiosos, principalmente, com a história da fuga de três prisioneiros que nunca foram encontrados. Sabe-se lá se afogaram, congelaram, foram devorados por tubarões. Aliás, esta história é muito bem contada no filme ‘Escape from Alcatraz’, com Clint Eastwood no papel do ex-presidiário Frank Morris. A prisão, localizada na pequena ilha a 2,4 km de San Francisco, funcionou como prisão federal entre 1933 e 1963. Depois disso, em 1969, foi ocupada por nativos ativistas de San Francisco. Já em 1972, se tornou área de recreação nacional e hoje é um importante patrimônio norte-americano.

O tour

O tour pela ilha começa no transporte, feito por barcos que navegam pela baía por 15 minutos até ancorarem na ilha de Alcatraz. Lá, os turistas podem caminhar livremente pelas dependências da ex-prisão, sendo a principal parte delas a área das celas. Para esta parte do tour, estão disponíveis guias em áudio para que os visitantes saibam o que se passou por ali. No áudio são contadas histórias da prisão, dos ex-prisioneiros e diversos fatos curiosos que aconteceram nos 29 anos de funcionamento. Um passeio imperdível para quem visita San Francisco.

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Alcatraz
Pier 33
Alcatraz Landing San Francisco, CA
Ingressos: alcatrazcruises.com

Union Square encanta com decoração de Natal

Faltam dois dias para o Natal. Como o ano voa! Cada vez mais… Por um lado, isso é bom, porque eu adoro esta época do ano! Momento de celebrar o nascimento de Cristo, de estar perto de quem amamos, de fazer o bem e de pensarmos nos planos para o novo ano que vem vindo!

Além do lado sentimental, há também toda a magia envolvida. Quem não gosta de admirar as lindas decorações feitas para a espera do Bom Velhinho? Aqui nos Estados Unidos, assim como no Brasil, as pessoas adoram decorar as fachadas das casas. O comércio então… Imagina como fica, principalmente, se tratando do país mais capitalista do mundo! Lojas, lojas e mais lojas decoradas de cima em baixo, ruas super iluminadas e atrações especiais por todo lado.

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Em San Francisco, a Union Square foi o ponto turístico que mais me chamou atenção. Também pudera. A maioria das lojas da cidade está reunida no local. E aí, é claro, inclui-se a Macy’s, uma das maiores lojas do país! Ela fica instalada em um prédio na Union Square e é a responsável pela decoração da praça junto aos demais parceiros.

Para se ter uma ideia, este ano a loja comemora os 25 anos da montagem da árvore. Ela mede 25,5 metros de altura e é decorada com 33.000 lâmpadas de LED e 1.700 bolas vermelhas e douradas. Para completar, no local, foi montado um ringue de patinação no gelo, que funcionará até 19 de janeiro. Também alegram a área os corais que se apresentam diariamente, cantando músicas natalinas.

A beleza da Union Square se completa com as grandes lojas e hotéis que decoram suas fachadas. A própria Macy’s colocou lindas guirlandas em todas as janelas voltadas para a praça. Neimam Marcus, Saks Fifth Ave, Louis Vuiton, Williams Sonoma, Tiffany & Co., Nike e o Westin St Francis Hotel são outros destaques.

Mesmo com todo o trânsito e dificuldade de estacionar na região, vale a pena visitar a praça e sentir o clima do Natal norte-americano! E, aproveitando, desejo a todos um Natal repleto de paz e que a magia da data alegre o coração de todos!

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A casa da Babá Quase Perfeita, em San Francisco

Quem não se lembra, com muito carinho e alegria, de ‘Uma babá quase perfeita’, ou ‘Mrs. Doubtfire’, um dos melhores filmes protagonizados por Robin Willians? E da casa onde morava a família de Willians que, na história, recém separado da esposa, se fez passar por mulher para ser contratado como babá dos próprios filhos?

Pois é! A casa, de estilo vitoriano, existe e fica aqui pertinho de mim, em San Francisco. Claro que fui até lá para ver e recordar de um bom momento da minha infância e também deste grande ator que nos deixou. Na calçada em frente à casa, estão dezenas de mensagens escritas à giz em homenagem ao ator. Frases como `nós te amamos`, `vamos sentir saudades`, `você é o melhor`, podem ser lidas por quem passa pela rua. Acredito que, por um bom tempo, a casa será ainda mais fotografada por moradores e visitantes de São Francisco.

Durante minha passagem por lá, as janelas estavam todas fechadas e parecia não ter ninguém em casa. Mas não vou negar que me deu uma grande vontade de tocar a campainha e me convidar para um café. Hoje, o proprietário da casa é um cirurgião plástico, de 79 anos, o qual tem respeitado o carinho dos fãs de Robin diante de sua residência! Para quem vier por aqui e quiser passar por lá, a casa fica na Steiner Street, 2640, esquina com Broadway St. Já a casa onde Robin morava, fica em Tiburon, cidadezinha próxima à charmosa Sausalito. Ainda não tive a oportunidade de ir até Tiburon, mas, quando for, conto para vocês.

Aliás, após a visita à casa de Mrs. Doubtfire, vale descer a Filmore Street, paralela à Steiner, até chegar à Chestnut, onde encontra-se uma série de cafés, restaurantes e lojas. No verão, experimentar as saladas do Blue Barn é ótima pedida!

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